Abuso de álcool e drogas na gravidez


             
É a mãe que, através da placenta e do cordão umbilical, dá ao feto em crescimento os nutrientes que lhe sustêm a vida. Mas, no caso de uma mãe fumadora, este cordão umbilical desempenha uma acção contraditória pois, não só alimenta a criança com os nutrientes proporcionados pela mãe, como também é um canal de transmissão dos químicos tóxicos do fumo do tabaco que passam directamente da mãe para a criança no seu útero: o monóxido de carbono (CO), a nicotina, o cianeto e os agentes cancerígenos.
No entanto, as substâncias que entram para a corrente sanguínea da mãe são levadas para a circulação placentária. Muitas delas passam rapidamente à circulação do feto. Como o fígado e os rins do feto ainda não estão desenvolvidos, muitas substâncias tóxicas são mal metabolizadas, enquanto outras não são completamente eliminadas. Por isso, a concentração de monóxido de carbono, nicotina e outros produtos podem, na realidade, ser bastante mais elevada nos tecidos do feto do que nos da mãe, o que faz com que os perigos sejam proporcionalmente maiores para o feto.
Algumas das consequências para o bebê associadas ao consumo do tabaco por parte da mãe são a redução no peso, no comprimento, na circunferência do tórax e até na circunferência da cabeça do bebê à nascença. Desta forma, os bebês filhos de mães que fumaram durante a gravidez têm um pobre começo de vida. O peso é significativamente mais baixo para todos os bebês nascidos de mães fumadoras sendo, aproximadamente, de menos 200 gramas – o que é uma séria desvantagem para o recém-nascido. Não se conhecem os mecanismos precisos que levam a este facto, mas sabe-se que a presença de monóxido de carbono tem como resultado uma redução dos níveis de oxigénio e que a nicotina contrai os vasos sanguíneos tanto da placenta materna como do próprio feto, reduzindo, assim, a circulação sanguínea.
 As mães fumadoras também têm mais bebês prematuros, que necessitam permanecer em incubadora. Além disso, se a mãe fumar, especialmente durante a gravidez, há um aumento no risco do “Síndrome de Morte Súbita”, uma condição trágica em que um bebé saudável morre subitamente sem qualquer razão aparente. 
Um estudo britânico mostra que os hábitos de fumar da mãe duplicam o risco da criança contrair cancro e pode ter efeitos nocivos no crescimento futuro da criança, no seu desenvolvimento intelectual e no comportamento até aos 16 anos de idade. Os estudos mostram que, só na Grã-Bretanha, o hábito de fumar das mães mata mais de 1000 bebés por ano.Fonte: amamentar.net


As fumantes  tem uma maior incidência de partos de natimortos e bebês com baixo peso com maior vulnerabilidade para doenças e perigo de morte, o fumo deve ser abolido antes dos quatro primeiros meses de gravidez, o que elimina os risco para o feto. Como a nicotina leva em média 7 segundos para ser processada pelo cérebro após a tragada, apesar de ser eliminada muito rapidamente, acaba deixando seqüelas para o feto, devido a falta de oxigênio (anoxia) que produz no sangue em virtude da aspiração do gás carbônico contido na fumaça do cigarro.

         Fumo durante a gravidez pode causar :

Separação prematura da placenta 
Aborto espontâneo
Redução da duração da gravidez
Hemorragias durante a gravidez,
Perigo de pré-eclâmpsia e outras coisas mais.
As mulheres que consomem álcool diariamente no período da gestação correm riscos de darem luz a bebês com peso inferior as mulheres que não bebem.
 O cigarro também pode causar parto prematuro. Ele aumenta o risco de parto antes da hora, com o risco do bebê nascer sem estar ainda completamente formado. Isso pode levar a graves complicações para a crianças.
Os filhos de mulheres que fumam durante a gravidez também podem desenvolver depressão, autismo, ter aumentados os riscos de morte súbita, nascer com baixo peso e sofrer diversas outras consequências. Se você se preocupa com a sua saúde e a saúde do seu bebê, abandone o cigarro o mais rápido possível.

O sistema ocular fetal pode ser vulneravelmente afetado quando a mãe consome álcool abusivamente entre a 3ª e 7ª semanas de gestação.
O feto pode ter seu sistema nervoso central atingido quando a mão consome abusivamente álcool durante 2ª e a 6ª semanas de gravidez mesmo com 2 coquetéis, ou dois copos de vinho, ou 2 copos de cerveja consumidos por dia, os efeitos do álcool sobre o feto podem ser extremamente perigosos, principalmente se o seu consumo pela gestante ocorrer durante os 2 primeiros meses de gestação (alerta da Conferência Internacional dos Defeitos Congênitos)Fonte: Salvar o filho drogado - Dr. Flávio Rotman - Record
       As mais graves consequências relacionadas ao consumo de álcool durante a gestação são a Síndrome Fetal Alcoólica (SFA) e os Efeitos Relacionados ao Álcool (ERA). A criança com SFA exibe algumas anomalias faciais e apresenta déficit intelectual, além de problemas cognitivos e comportamentais. Já no caso do ERA, existem três formas de manifestação: 
- Parcial: crianças que apresentam algumas alterações faciais e comprometimentos neurológicos;
- Malformações congênitas: crianças que apresentam uma ou mais anormalidades congênitas, incluindo anormalidades cardíacas, auditivas, renais e esqueléticas, e;
- Desordem neuropsicomotoras: crianças que apresentam déficits em sua capacidade de aprendizado, especialmente em aritmética e em seu desenvolvimento sócio-emocional.
Sinais e Sintomas da S.A.F por Faixa Etária
• Pré-Natal do Feto
Morte celular
→ Alteração dos factores de crescimento
→ Efeitos de adesão celular
→ Desenvolvimento anormal do sistema dos neurotransmissores
→ Alteração do transporte de glicose


• Recém-nascido: 
→ Características faciais
→ Baixo peso ao nascer
→ Restrição de crescimento
→ Microcefalia
→ Hipotonia
→ Irritabilidade
→ Dificuldade de vinculação

• Lactente:

→ Características faciais
→ Alterações do neurodesenvolvimento do SNC
→ Restrição do crescimento 

O cérebro de crianças com SAF também pode apresentar características diferentes, conforme mostra a figura 2. Do lado esquerdo temos o cérebro de um bebê sem exposição pré-natal ao álcool. Do lado direito, o cérebro de um bebê com exposição pré-natal pesada ao álcool. Compare:





 



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