“Os viciados em drogas de hoje podem não só estar pondo em risco seu próprio corpo e sua mente, mas fazendo uma espécie de roleta genética, ao projetar sombras sobre os seus filhos e netos ainda não nascidos.”
DEPENDÊNCIA TÓXICA
“Onde tem começo, então, a dependência tóxica? Como os indivíduos se alocam nesses grotões de desestruturação psico-fisio-moral? Que fazer para desmontar essa tenebrosa armadilha?É preciso um pouco de meditação para verificar que tudo começa na intimidade frágil de cada indivíduo. A busca da imitação irrefletida, os processos fugitivos que as fobias engendram, os processos de revolta e desejo de vingança contra o meio social, a exibição vaidosa que se apresenta como a última expressão da “moral marginal”, as graves teias de imperceptíveis ou declaradas tramas obsessivas. Mas, em todas essas situações, o âmago de cada um carrega as tintas fortes de frustrações ou rebeldias, ou está assinalado por intensos vazios ou desmotivação para viver, ou leva, ainda, as marcas da personalidade hipocondríaca ou exibicionista.” (Camilo, Educação e vivências, 2. ed., p 49-50).
O TRÁFICO DE DROGAS
“Dentre os episódios mais execráveis em que se pode chafurdar o indivíduo, estão aqueles em que o egoísmo se projeta com tal fereza, que se mostra passível de promover a destruição de pessoas e de instituições respeitáveis, apenas para satisfazer aos anseios macabros dos seus portadores.No bojo desses acontecimentos, destacamos a gravíssima questão do tráfico de drogas, no meio das sociedades diversas do mundo.
O traficante, na ânsia de lucrar, perde a capacidade de discernir, de refletir maduramente, desliga-se de todo sentimento piedoso, para dar vez ao se caráter miserável, expelindo venenosos dardos sobre todos os que, inscientes e invigilantes, se demorarem sob o seu jugo. Os responsáveis pelo tráfico de drogas não consideram os jovens, que se desenvolvem para a vida, tornando-os, isto sim, dependentes-consumidores das desgraçadas poções, levando-os aos lodaçais da morte moral, uma vez que quase nunca escapam de precoce morte física.
Na loucura à qual se acham atrelados, os traficantes investem contra indefesas e desprevenidas crianças, pelos veículos mais escusos, mais covardes, longe de todo escrúpulo, a fim de se locupletarem nas burras douradas as quais os conduzem ao egoísmo nauseante.
É nessa desonrosa faina que o traficante se compromete profundamente com as leis que procura abafar em sua consciência, mas essas leis lhe imprimem a fogo cada preço moral, retirando, a partir de então, a sua tranqüilidade, tornando-o, assim, moderno Caim, perseguido pela voz da alma, pelos gritos conscienciais que exigem justiça, que cobram reequilíbrio.” (Camilo, Educação e vivências, 2. ed., p.55).
Contribuição do Centro Espírita no trabalho anti-drogas desenvolvido pelos Benfeitores Espirituais
O tratamento do viciado crônico deve ser conduzido, através de uma desintoxicação química e de um tratamento espiritual, às oficinas com diálogos fraternos para ambos os espíritos, encarnados e desencarnados
"O tratamento espiritual do viciado está baseado no arrependimento e mudança de comportamento, tanto do espírito desencarnado como do encarnado "
Lembremos que todo vício deve ser acompanhado de um tratamento psicológico ou psiquiátrico e de uma evangelhoterapia, para que o reequilíbrio e a auto-estima sejam alcançados. O diagnóstico, o tratamento médico ou alternativo (terapia ocupacional, acupuntura, homeopatia etc.) e o espiritual (diálogo, oração e o passe magnético/espiritual), devem caminhar juntos, um dando apoio ao outro.
Os passes como terapêutica energético-espiritual atuam levando a um reequilíbrio do ser, logo são ferramentas que auxiliam neste processo. Para se largar um vício, primeiro precisamos reconhecê-lo, depois termos todo o apoio para mudarmos nossa conduta em relação aos fatores geradores do mesmo. Certos vícios, quando causam dependência física podem necessitar de ajuda profissional, pois a reação (síndrome de abstinência é muito severa). Mas acima de tudo é necessária a reabilitação moral/espiritual.
Educação Espiritual:
- Utilidade da vida;
- Finalidade positiva da vida;
- Atitude positiva da vida;
- Atitude positiva diante dos obstáculos da vida, busca de um nobre ideal;
- Estudos edificantes;
- Oração, doutrinação pessoal, passes e magnetização - desobsessão;
- Trabalho edificante.
Abordando esse problema, André Luiz, no livro No Mundo Maior, página 160, 2° parágrafo, afirma: "A medicina inventará mil modos de auxiliar o corpo atingido em seu equilíbrio interno; por essa tarefa edificante, ela nos merecerá sempre sincera admiração e fervente amor; entretanto, compete a nós outros praticar a medicina da alma, que ampare o espírito enleado nas sombras...". E continua no 3° parágrafo: "É mister acender, em derredor de nossos irmãos encarnados na Terra, a luz da compaixão fraterna, traçando caminhos definidos à responsabilidade individual. Haja mais amor ante os vales da demência do instinto, e as derrocadas cederão lugar a experiências santificantes".
TERAPIA: O EVANGELHO NO LAR
“A educação moral á luz do Evangelho sem disfarces nem distorções; a conscientização espiritual sem alardes; a liberdade e a orientação com bases na responsabilidade; as disciplinas, morais desde cedo; a vigilância carinhosa dos pais e mestres cautelosos; a assistência social e médica em contribuição fraternal constituem antídotos eficazes para o aberrante problema dos tóxicos – autoflagelo que a Humanidade está sofrendo, por haver trocado os valores reais do amor e da verdade pelos comportamentos irrelevantes quão insensatos da frivolidade.O problema, portanto, é de educação na família cristianizada, na escola enobrecida, na comunidade honrada e não de repressão policial...
Se és jovem, não te iludas, contaminando-te, face ao pressuposto de que a cura se dá facilmente.
Se atravessas a idade adulta, não te concedas sonhos e vivências que pertencem a infância já passada, ansiando por prazeres que terminam ante a fugaz e enganosa durabilidade do corpo.
Se és mestre, orienta com elevação abordando a temática sem preconceito, mas com seriedade.
Se és pai ou não, não penses que o teu lar estará poupado. Observa o comportamento dos filhos, mantêm-te atento, cuida deles desde antes da ingerência e do comprometimento nos embalos dos estupefacientes e alucinógenos, em cuja oportunidade podes auxiliá-los e preservá-los. Se, porém, te surpreenderes com o drama que se adentrou no lar, não fujas dele, procurando ignorá-lo em conivência de ingenuidade, nem te rebeles, assumindo atitude hostil. Conversa, esclarece, orienta e assiste os que se hajam tornado vítimas, procurando os recursos competentes da Medicina, como da Doutrina Espírita, a fim de conseguires a reeducação e a felicidade daqueles que a Lei Divina te confiou para a tua e a ventura deles.” (Joanna de Ângelis, SOS Família, 14. ed., p. 157-158).
Adorei o site. Eu amo a doutrina espirita ela ainda tem muito para nos ensinar. Mas se fossemos capaz de por em prática ao menos metade do conhecimento que ela nos oferece....õh não metade seria muito. De todos livros que nós espíritas lemos se ao menos o evangelho soubessemos praticar, já dariamos um salto na nossa evolução. Parabéns á vocês. Bjos
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