EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS V Parte

  POR QUE OS NOSSOS FILHOS SÃO TÃO DIFERENTES ENTRE SI EM TERMOS INTELECTUAIS E MORAIS, APESAR DA MESMA EDUCAÇÃO QUE LHES DAMOS?
 
Encontramos a resposta para essa questão tão complexa nos seguintes ensinamentos contidos em O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec:
• "Os Espíritos pertencem a diferentes classes, não sendo iguais em poder, nem inteligência, saber ou moralidade". (Introdução).
• "As qualidades da alma são as do Espírito encarnado. Assim, o homem de bem é a encarnação de um bom Espírito e o homem perverso, a de um Espírito impuro". (Introdução).
• "O homem que supera a influência da matéria, pela elevação e purificação de sua alma, aproxima-se dos bons Espíritos ... Aquele que se deixa dominar pelas más paixões e põe todas as suas alegrias na satisfação dos apetites grosseiros aproxima-se dos Espíritos impuros ... " (Introdução).
• "Os Espíritos são de diferentes ordens, segundo o grau de perfeição a que tenham chegado". (Questão 96).
• "Na primeira ordem, podemos colocar os Espíritos que já chegaram à perfeição: os Espíritos puros. Na segunda, estão os que chegaram ao meio da escala: o desejo do bem é a sua preocupação. Na terceira, os que estão ainda na base da escala: os Espíritos imperfeitos, que se caracterizam pela ignorância, o desejo do mal e todas as más paixões que lhes retardam o desenvolvimento". (Questão 97).
• "Deus impõe a encarnação aos Espíritos com o fim de levá-los à perfeição". (Questão 132).
• "Todos os Espíritos são criados simples e ignorantes e se instruem através das lutas e atribulações da vida corporal. Deus, que é justo, não podia fazer feliz a uns, sem penas e sem trabalhos, e por conseguinte sem mérito". (Questão 133).
Com base nesses ensinamentos do Espiritismo, compreendemos facilmente porque cada Espírito encarnado na condição de nosso filho, encontra-se em condição diversa, em termos de elevação intelectual e moral, e, portanto, manifesta um grau diferente de inteligência e de moralidade, apesar da igualdade da educação que lhes damos.
Mas, com toda certeza, oferecendo-lhes a educação espírita que atende as suas necessidades evolutivas, cumprimos, perante Deus, os compromissos assumidos com a guarda e a educação dos Espíritos encarnados que nos foram confiados.
O processo educacional espírita é eficiente, pois ajuda o Espírito encarnado na condição de nosso filho a vencer a ignorância, a inferioridade, as imperfeições, as más paixões, as tendências nefastas, as ilusões da vida material, os apetites grosseiros e os desejos tolos que levam à prática do mal.
Assim, com a educação espírita, conseguimos colocar os nossos filhos no bom caminho, tornando-os homens de bem. Educando os nossos filhos dentro da moral espírita-cristã., com respeito ao grau de evolução espiritual próprio de cada um, exercemos as nossas boas influências, damo-lhes os nossos bons exemplos, conselhos e esforços educativos, com os quais conseguem fazer bom uso da vontade e do livre-arbítrio, alcançando o progresso intelectual e moral, o sucesso e a felicidade nesta jornada terrena. 
 O QUE DETERMINA A FACILIDADE OU A DIFICULDADE QUE OS NOSSOS FILHOS TÊM PARA ASSIMILAR CERTAS LIÇÕES OU CERTOS EXEMPLOS EDUCATIVOS QUE LHE DAMOS?
Segundo o Espiritismo, a alma de nossos filhos foi criada por Deus e, portanto, já existia no mundo espiritual antes do seu nascimento em nossa família. Assim, trouxe consigo os progressos intelectuais e morais já conquistados anteriormente.
Dessa forma, o grau de evolução espiritual em que a alma se encontra atualmente, determina, em muito, a facilidade ou a dificuldade que possui para aprender e para pôr em prática os ensinamentos e os exemplos que lhe damos.
Sem levar em consideração a pluralidade das existências materiais ou a reencarnação não conseguiremos entender as facilidades ou dificuldades inatas da alma de cada filho.
Mas, com a educação espírita, aproveitamos todas as oportunidades que surgem, desde a infância, para aprimorar as faculdades e transmitir aos filhos valiosas experiências de vida, facilitando-lhes a conquista do sucesso nesta jornada evolutiva.
Pela importância que a reencarnação tem na educação espírita, vale a pena ter em mente os seguintes mandamentos, contidos em O Livro dos Espíritos:
* "As almas não são mais que Espíritos. Antes de ligar-se ao corpo, a alma é um dos seres inteligentes que povoam o mundo invisível e depois reveste temporariamente um invólucro carnal, para se purificar e esclarecer". (Questão 134B).
• "A doutrina da reencarnação, que consiste em admitir para o homem muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à idéia da justiça de Deus, com respeito aos homens de condição moral inferior; a única que pode explicar o nosso futuro e fundamentar as nossas esperanças, pois oferece-nos o meio de resgatarmos os nossos erros através de novas provas. A razão assim nos diz, e é o que os Espíritos nos ensinam". (Questão 171).
• "A vida do Espírito constituí-se de uma série de existências corporais, sendo cada qual uma oportunidade de progresso, como cada existência corporal se compõe de uma série de dias, nos quais o homem adquire maior experiência e instrução". (Questão 191.A).
• "A marcha dos Espíritos é progressiva e jamais retrograda. Eles se elevam gradualmente na hierarquia, e não descem do plano atingido. Nas suas diferentes existências corporais, podem descer como homens, mas não como Espíritos. Assim, a alma de um poderoso da Terra pode mais tarde animar um humilde artesão, e vice-versa. Porque as posições entre os homens são freqüentemente determinadas pelo inverso da elevação dos sentimentos morais. Herodes era rei, e Jesus carpinteiro". (Questão, 194A).
• "Eis porque tendes na Terra uns homens mais adiantados que outros. Uns já têm uma experiência que os outros ainda não tiveram, mas que adquirirão pouco a pouco. Deles depende impulsionar o próprio progresso ou retardá-lo indefinidamente". (Questão 195).

• "Não se vêem crianças dotadas dos piores instintos, numa idade em que a educação ainda não pode exercer a sua influência? Não se vêem algumas que parecem trazer inatos a astúcia, a falsidade, a perfídia, o instinto mesmo do roubo e do assassínio, e isso não obstante os bons exemplos do meio? A lei civil absorve os seus erros, por considerar que elas agem mais instintivamente do que por deliberado propósito. Mas de onde podem provir esses instintos, tão diferentes entre as crianças da mesma idade, educadas nas mesmas condições e submetidas às mesmas influências? De onde vem essa perversidade precoce, a não ser da inferioridade do Espírito, pois que a educação nada tem com ela? Aqueles que são viciosos é que progridem menos e têm então de sofrer as conseqüências, não dos seus atos da infância, mas das suas existências anteriores. É assim que a lei se mostra a mesma para todos, e a justiça de Deus a todos abrange". (Questão 199.A).
• "Os Espíritos devem concorrer para o progresso recíproco. Pois bem: o Espírito dos pais tem a missão de desenvolver o dos filhos pela educação: isso é para ele uma tarefa. Se nela falhar, será culpado". (Questão 208).
• Um mau Espírito pode pedir bons pais, na esperança de que seus conselhos o dirijam por uma senda melhor, e muitas vezes Deus o atende". (Questão 209).
• "Os pais podem melhorar o Espírito da criança a que deram nascimento e que lhes foi confiada. Esse é o dever; filhos maus são uma prova para os pais". (Questão 211).
• "O Espírito sendo o mesmo, nas diversas encarnações, suas manifestações podem ter, de uma para outra, certas semelhanças. Estas, entretanto, serão modificadas pelos costumes da nova posição, até que um aperfeiçoamento notável venha a mudar completamente o seu caráter, pois de orgulhoso e mau pode tornar-se humilde e humano, desde que se haja arrependido". (Questão 216).
• "Os conhecimentos adquiridos em cada existência não se perdem; o Espírito, liberto da matéria, sempre se recorda. Durante a encarnação pode esquecê-lo em parte, momentaneamente, mas a intuição que lhe fica ajuda o seu adiantamento. Sem isso, ele sempre teria de recomeçar. A cada nova existência, o Espírito toma como ponto de partida aquele em que se achava na precedente". (Questão 218.A).
• "Uma faculdade pode ficar adormecida durante uma existência, porque o Espírito quer exercer outra que não se relaciona com ela. Nesse caso, permanece em estado latente, para reaparecer mais tarde!!. (Questão 220). 

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