Raul Teixeira - Jesus, Modelo e Guia da Humanidade

  
Narra Mateus: - "E ajuntou-se muita gente ao pé dele, de sorte que, entrando num barco, se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia." (Mateus: 13, 2), passando a ensinar. 
Jesus e a Barca
 A lição sugere várias reflexões, em convites oportunos para o equilíbrio do homem. A multidão, em todos os tempos, sempre se tem apresentado esfaimada de pão, de amor, de bens diversos. Na sua necessidade, perturba e perturba-se, tornando-se, não raro, agressiva e destruidora. Jesus compreendia a massa humana e sabia como conduzi-la. Atendeu-a sempre conforme as circunstâncias e de acordo com as suas aflições. Deu-lhe as palavras de vida, concedeu-lhe pão e peixe, propiciou-lhe refazimento orgânico e equilíbrio emocional, restituindo a saúde sob diversos matizes. Ao Seu lado, todavia, sucediam-se as multidões ávidas, exigentes. Com frequência, após atendê-las, Ele se refugiava na solidão com Deus, orando e silenciando... Na referida passagem evangélica, afirma-se que Ele entrou na barca, perto-longe da multidão e, após convívio elucidativo pela palavra luminosa, Ele passou para outro lugar... Considera estes símbolos: a barca – o destino; a multidão – as tuas necessidades; o mar – a tua jornada. O teu encontro com Jesus não é casual, porém, um compromisso adredemente estabelecido. Ele tem conhecimento da tua rota e é o comandante da barca, que sabe conduzir com proficiência e sabedoria. Acalma as tuas necessidades e submete-as à Sua orientação, a fim de que sigas em paz. 
 Há convites perturbadores em toda parte, conclamando-te ao desequilíbrio, e te apresentas quase ilhado no tumulto das paixões asselvajadas. Se já consegues percebê-lO, escuta-O nos refolhos da alma, deixando que Suas mãos te conduzam a barca. Não recalcitres, nem reclames. Intenta aproximar-se dEle pela doçura e ação, vencendo o espaço que medeia entre ambos. Impregna-te da vibração que Ele irradia e plenifica-te, de modo a dispensares outros alimentos que te pareçam imprescindíveis. Quem veja Jesus não O esquecerá. Todavia, quem se deixe tocar por Ele, nunca mais viverá bem sem a Sua presença. 
 Uma mulher equivocada, sentiu-O; um jovem rico viu-O e seus destinos se assinalaram de forma diversa. Todos os demais que Lhe sentiram a alma dúlcida, jamais foram os mesmos, tornando-se Suas cartas de luz e vida para a Humanidade. Assim, entra com Ele na barca e não O deixes seguir a sós.
 FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Felicidade. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 4.ed. LEAL, 2011. Capítulo 9.



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