Matrimônio e Divórcio


CASAR - SE
Não basta casar-se. Imperioso saber para quê.
Dirás provavelmente que a resposta é óbvia, que as criaturas abraçam o matrimônio por
amor.
O amor, porém, reclama cultivo. E a felicidade na comunhão afetiva não é prato feito e
sim construção do dia-a-dia.
As leis humanas casam as pessoas para que as pessoas se unam segundo as Leis Divinas.
- * -
Se desposaste alguém que te constituía o mais belo dos sonhos e se encontras nesse
alguém o fracasso do ideal que acalentaste, é chegado o tempo de trabalhares mais intensivamente
na edificação dos planos que ideaste de início.
- * -
Ergueste o lar por amor e tão-só pelo amor conseguirás conservá-lo.
Não será exigindo tiranicamente isso ou aquilo de quem te compartilha o teto e a
existência que te desincumbirás dos compromissos a que te empenhaste.
- * -
Unicamente doando a ti mesmo em apoio da esposa ou do esposo é que assegurarás a
estabilidade da união em que investiste os melhores sentimentos.
Se sabes que a tolerância e a bondade resolvem os problemas em pauta, a ti cabe o
primeiro passo a fim de patenteá-las na vivência comum, garantindo a harmonia doméstica.
- * -
Inegavelmente não se te nega o direito de adiar realizações ou dilatar o prazo destinado ao
resgate de certos débitos, de vez que ninguém pode aceitar a criminalidade em nome do amor.
Entretanto, nos dias difíceis do lar recorda que o divórcio é justo, mas na condição de medida
articulada em última instância. E nem te esqueças de que casar-se é tarefa para todos os dias,
porquanto somente da comunhão espiritual gradativa e profunda é que surgirá a integração dos
cônjuges na vida permutada, de coração para coração, na qual o casamento se lança sempre para
Mais Alto, em plenitude de amor eterno.
Espírito : Emmanuel
Psicografia : Francisco Cândido Xavier
Livro : Na Era do Espírito - Cap. 11


VIDA CONJUGAL
“Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria
mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o seu marido.”
Paulo. (Efésios, 5:33.)
As tragédias da vida conjugal costumam povoar a senda comum. Explicando o
desequilíbrio, invoca-se a incompatibilidade dos temperamentos, os desencantos da vida íntima
ou as excessivas aflições domésticas.
O marido disputa companhias novas ou entretenimentos prejudiciais, ao passo que, em
muitos casos, abre-se a mente feminina ao império das tentações, entrando em falso rumo.
Semelhante situação, porém, será sempre estranhável nos lares formados sobre as escolas
da fé, nos círculos do Cristianismo.
Os cônjuges, com o Cristo, acolhem, acima de tudo, as doces exortações da fraternidade.
É possível que os sonhos, muita vez, se desfaçam ao toque de provas salvadoras, dentro
dos ninhos afetivos, construídos na árvore da fantasia. Muitos homens e mulheres exigem, por
tempo vasto, flores celestes sobre espinhos terrenos, reclamando dos outros atitudes e diretrizes
que eles são, por enquanto, incapazes de adotar, e o matrimônio se lhes converte em instituição
detestável.
O cristão, contudo, não pode ignorar a transitoriedade das experiências humanas. Com
Jesus, é impossível destruir os divinos fundamentos da amizade real. Busque-se o lado útil e
santo da tarefa e que a esperança seja a lâmpada acesa no caminho...
Tua esposa mantém-se em nível inferior à tua expectativa ? Lembra-te de que ela é mãe
de teus filhinhos e serva de tuas necessidades. Teu esposo é ignorante e cruel ? Não olvides que
ele é o companheiro que Deus te concedeu...
Espírito : Emmanuel
Psicografia : Francisco Cândido Xavier
Livro : Vinha de Luz - Cap. 137



TIPOS DE CASAMENTO

Martins Peralva [Estudando a Mediunidade] apresenta uma divisão didática dos diferentes tipos de casamento em 5 tipos distintos:
a) Afins: São aqueles formados por parceiros simpáticos, afins, onde há uma verdadeira afeição da alma. Geralmente, eles sobrevivem à morte do corpo e mantém-se em encarnações diversas. Pouco comuns na Terra.
b) Transcendentais: São casamentos afins entre almas enobrecidas, que juntas, vão dedicar-se a obras de grande valor para a Humanidade.
c) Provacionais: São uniões entre almas mutuamente comprometidas, que estão juntas para pacificarem as consciências ante erros graves perpetrados no passado e simultaneamente desenvolverem os valores da paciência, da tolerância e da resignação. São mais comuns.
d) Sacrificiais: São aqueles que se caracterizam por uma grande diferença evolutiva entre os cônjuges. Um Espírito de mais alta envergadura que aceita o consórcio com outro menos adiantado para ajudá-lo em seu progresso espiritual.
e) Acidentais: São os casamentos que não foram programados no mundo espiritual. Obedecem apenas à afeição física, sem raízes na afetividade sincera.

Evolução em Dois Mundos - André Luiz/Chico Xavier:
Quanto ao divórcio, somos de parecer que não deva ser facilitado ou estimulado entre os homens, porque não existem na Terra uniões conjugais, legalizadas ou não, sem vínculos graves no princípio da responsabilidade assumida em comum.
Mal saídos do regime poligâmico, os homens e as mulheres sofrem-lhe ainda as sugestões animalizantes e, por isso mesmo, nas primeiras dificuldades da tarefa a que foram chamados, costumam desertar-se dos postos de serviço em que a vida os situa, alegando imaginárias incompatibilidades e supostos embaraços, quase sempre atribuíveis ao desregrado narcisismo de que são portadores.
Após a Tempestade - Joanna de Ângelis - Divaldo Franco:
Imprescindível que, antes da atitude definitiva para o divórcio, tudo se envide em prol da reconciliação, ainda mais considerando quanto os filhos, que merecem que os pais se imponham em uma união respeitável, de cujo esforço muito dependerá a felicidade deles. Na dissolução dos vínculos matrimoniais, o que padeça a prole, será considerado responsabilidade dos genitores, que se somassem esforço poderiam ter contribuído com proficiência, através da renúncia pessoal, para a vida dos filhos.




UNIÕES ENFERMAS
Se te encontras nas tarefas da união conjugal, recorda que ora a execução dos encargos em dupla é
garantia de tua própria sustentação.
Dois associados no condomínio de responsabilidade na mesma construção.
Dois companheiros partilhando um só investimento.
--*--
Às vezes, depois dos votos de ternura e fidelidade, quando as promessas se encaminham para as
realizações objetivas, os sócios de base da empresa familiar encontram obstáculos pela frente.
Um deles terá adoecido e falta no outro a tolerância necessária.
Surge a irritação e aparece a ressentimento.
Em outras ocasiões, o trabalho se amplia em casa e um deles foge à cooperação.
Surge o cansaço e aparece o desapreço.
Hoje --- queixas.
Adiante --- desatenções e lágrimas.
Amanhã --- rixas.
Adiante ainda --- amarguras e acusações recíprocas.
Se um dos responsáveis não se dispõe a compreender a validade do sacrifício, aceitando-o por medida
de salvação do instituto doméstico, eis a união enferma ameaçando ruptura.
--*--
Nesse passo, costumam repontar do caminho laços e afinidades de existências do pretérito convidando
esse ou aquele dos parceiros para uniões diferentes. E será indispensável muita abnegação para que os
chefes da comunhão familiar não venham a desfazer, de todo, a união já enferma, partindo no rumo de
novos ajustes afetivos.
--*--
Entende-se claro que o divórcio é lei humana que vem unicamente confirmar uma situação que já
existe e que, se calamidades da alma pendem sobre a casa, não se dispõe de outra providência mais
razoável para recomendar, além dessa. Entretanto, se te vês nos problemas de união enferma e,
principalmente se tens crianças a proteger, tanto quanto se te faça possível, mantém o lar que
edificaste com as melhores forças do espírito.
Realmente, os casamentos de amor jamais adoecem, mas nos enlaces de provação redentora, os
cônjuges solicitaram, antes do berço terrestre, determinadas tarefas em regime de compromisso
perante a Vida Infinita. E ante a Vida Infinita convém lembrar sempre que os nossos débitos não
precisam de resgate, a longo prazo, pela contabilidade dos séculos, desde que nos empenhamos a
solvê-los em tempo curto, pelo crediário da paciência, a serviço do amor.
Espírito : Emmanuel
Psicografia : Francisco Cândido Xavier
Livro : Caminhos de Volta - Pág. 62


      O espírito Emmanuel nos esclarece no livro “Vida e Sexo” três tipos de casamento. São eles:

Casamento de provação: quando dois seres se unem e dessa união nasce um casamento dito como infeliz, quando na realidade é necessário para pôr em prova o homem e a mulher. Exemplo, um homem que na encarnação passada era inimigo de determinada pessoa e que nessa nova vida esse mesmo homem escolhe como prova antes de reencarnar um casamento com esse inimigo passado, fazendo com que ele se atraia por ela, casem e depois passe por situações difíceis nesse matrimônio.
Casamento de resgate: como o próprio nome diz é a união com o objetivo de resgatar um erro e transformá-lo em acerto. Um exemplo: na encarnação passada o homem leva com seus atos e atitudes determinada mulher a prostituição. Então nessa nova vida, antes de reencarnar, esse homem já arrependido, consciente e evoluído com o que fez, escolhe fazer o caminho inverso, se casando com uma prostituta e tirando ela de uma vida promíscua.
Casamento pleno: do lado de lá também existem casais que sentem uma grande afinidade espiritual e por isso vivem sempre juntos, nascendo sempre na mesma família ou sendo grandes amigos durante várias e várias reencarnações. Quando nascem com o objetivo de casar, forma o casamento pleno, equilibrado, onde prevalece a afinidade espiritual. Nessas relações, o interesse material e sexual praticamente não tem nenhum valor decisivo na sustentabilidade do casamento. São os chamados casamentos felizes, muitas vezes com o objetivo de formar cidadãos corretos para a sociedade.



D I V Ó R C I O
“ E Jesus, respondendo, disse-lhes: pela dureza dos vossos
corações vos deixou ele escrito esse mandamento. “
Marcos : 10 - 5
Comentando o dispositivo aprovado por Moisés, com referência ao divórcio, Jesus tem
uma luminosa definição, dentro do assunto.
O Mestre explica sabiamente que a instituição não procedia da esfera de influenciação
divina, mas sim, da dureza dos corações humanos.
Quer isso dizer que o divórcio é uma providência oriunda da maldade, a fim de que a
maldade não destrua, de todo.
Por melhor defendida pelos argumentos de juizes e sociólogos, a medida, cristãmente
considerada, não pode passar disso.
Esse ou aquele cônjuge movimenta o processo separacionista justificando a atitude, com a
alegação de que procura evitar o pior; entretanto, isso não constitui senão trama individual,
quando não representa insaciedade criminosa.
O casal que procura semelhante recurso não faz mais que adiar o resgate de um débito,
agravando os esforços do pagamento, pelas suas noções de irresponsabilidade.
Desdenha-se a possibilidade de hoje, mas não se poderá fugir às imposições de amanhã.
O marido grosseiro ou a esposa ignorante são também campos de trabalho do Senhor,
além dos laços poderosos do pretérito que a união conjugal evidencia.
Muita gente busca essa válvula para escapar da experiência útil, entregando-se à
variedade viciosa, mas vale-se de uma medida nascida da dureza dos corações humanos e não faz
mais que caminhar ao encontro de seus efeitos perniciosos.
Os que se encontram em trânsito, da animalidade para a espiritualidade, devem meditar a
lição de Jesus, abandonando a preocupação de meros caçadores de prazer.
Espírito : Emmanuel
Psicografia : Francisco Cândido Xavier
Livro : Levantar e Seguir - Pág. 45

    
Os Sete erros da vida conjugal

  1. O amor pudico: O excesso de pudor em muitos casos produz um efeito negativo;
  2. O amor egoísta : " Eu tenho realmente a impressão de estar casada com um robô". Ele é um egoísta, está certo.
  3. O amor negado : O uso de disfarces para camuflar a aversão pelo amor físico. O homem é frequentemente a própria vítima do seu egoísmo. Uma mulher quase sempre insatisfeita procura se esquivar:
  4. O amor farsa: A mulher resigna-se a ser insatisfeita, acha isso quase normal, mas inconscientemente, ela culpa o seu companheiro;
  5. O amor negligente: "Você se deixa levar, você se deixa levar".
  6. O amor importuno: Entregar-se ao sono não é nenhuma falta de amor ou de ternura, mas uma legítima necessidade de repouso.
  7. O amor negociado : Fazer chantagem "toma lá, da cá".

Há alguns sinais de alarme que podem informar a situação de dificuldade antes de agravar a União conjugal:
  • Silêncios injustificáveis quando os esposos estão juntos;
  • Tédio inexplicável ante a presença do companheiro ou da companheira;
  • Ira disfarçada quando o Consorte ou a consorte emite uma opinião;
  • Saturação dos temas habituais, versados em casa, fugindo para intérminas leituras de jornais ou inacabáveis novelas de televisão;
  • Irritabilidade contumaz sempre que se avizinha do lar;
  • Desinteresse pelos problemas do outro;
  • Falta de intercâmbio de opiniões;
  • Atritos contínuos que ateiam fagulhas de irascibilidade, capazes de provocar incêndios em forma de agressão desta ou daquela maneira...
  • E muitos outros mais.


   Antes que as dificuldades abram distâncias e os espinhos da incompreensão produzam feridas, justo que se assumam atitudes de lealdade,fazendo um exame das ocorrências e tomando-se providências para sanar os
males em pauta.
   Assim, a honestidade lavrada na sensatez, que manda “abrir-se o coração” um para com o outro, consegue corrigir as deficiências e reorganizar o panorama afetivo.
  É natural que ocorram desacertos. Ao invés, porém, de separação,reajustamento.
  A questão não é de uma “nova busca” mas de redescobrimento do que já possui.
  Antes da decisão precipitada, ceder cada um, no que lhe concerne, a benefício dos dois.
  Se o companheiro se desloca, lentamente, da família, refaça a esposa o lar, tentando nova fórmula de reconquista e tranqüilidade.
  Se a companheira se afasta, afetuosamente, pela irritação ou pelo ciúme, tolere o esposo, conferindo-lhe confiança e renovação de idéias.
  O cansaço, o cotidiano, a apatia são elementos constritivos da felicidade. 
  Nesse sentido, o cultivo dos ideais nobilitantes consegue estreitar os laços do afeto e os objetivos superiores unem os corações, penetrando-os de talforma, que os dois se fazem um, a serviço do bem. E em tal particular, o Espiritismo — a Doutrina do Amor e da Caridade por excelência — consegue
renovar o entusiasmo das criaturas, já que desloca o indivíduo de si mesmo,ajuda-o na luta contra o egoísmo e concita-o à responsabilidade ante as leis da vida, impulsionando-o ao labor incessante em prol do próximo. E esse próximo mais próximo dele é o esposo ou a esposa, junto a quem assumiu espontaneamente o dever de amar, respeitar e servir.
  Assim, considerando, o Espiritismo, mediante o seu programa de ideal cristão, é senda redentora para os desajustados e ponte de união para os cônjuges, em árduas lutas, mas que não encontraram a paz.
Joanna de Ângelis
(Lisboa-Portugal, em 15 de agosto de 1970). S.O.S. Família





Share this:

JOIN CONVERSATION

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário